Monday, November 16, 2009

Araguaia – Aragarças – Pontal – Barra do Garças – Ouro Fino





Friday, coming from Araguari, preparing stuff, expectations in the air longing for water. A plenty of water from Araguaia and Garças. But before that, a lot of asphalt. To be true 603 km still separated us from our liquid dream. To confirm the style, we left at 3 pm driving the automatic, hydramatic, first world Alcides Toyota, not before Neres’ increase our breathless waiting with one hour and a half delay. Better so, it gave us a lot more of ammunition to bother him. And what a trip!


I drove the machine up to Iporá. My left leg was always looking for the inexistent clutch pedal. Finally when leaving Goiânia, that leg succeeded taking my foot up suddenly pressing the brake and an elderly man almost hit us at the transom with his prow. He was much educated; he just greeted us with his medium straight upward finger as if wishing us a good fishing trip with our sticks.

Dry Law! We were dry! 5 hours later we were at Iporá GO. We were allowed to have some beers, only Alcides and I for, Neres, that Sunday driver, would drive up to Aragarças.

Two hours later, already at the boarder between Goiás and Mato Grosso, at the eco edge of Araguaia, we could taste our first fried cachara, soon identified as Abotoado and disguisedly nicknamed Armal.

Some beers, very tired, few space, sweat tennis smell, snores, dreams and rain, much rain. Breakfast, shopping, crossing Araguaia heading to Pontal, Barra do Garças and Ouro Fino. (Fine Gold). Finally the fishing place. First checking the area.


Promptly I had my day made: I caught the first jurupecém. I am the one! Then we caught many of them until the candiru gang arrived. It is a grown up cousin of that candiru which invades human bladders at Amazon region. We fished about 100. Some weighting 600 gr. Much beer, much whisky, much cachaça and 4 bottles of dry red wine of excellent origin. Once having the douradas, jurupecéns, mandis and other fishes, we started the cooking. I made a work of art in shape of rice colored with saffron, seasoned with garlic and onions.
Neres fried fish, Tião, drunkman, made a sauce of pacus and Alcides provided sauce for the dourada and barbecue. More beer and wine. Mr José visited us and we talked a lot. We set Alcides’ tent and Neres’ nets inside the pavilion . At this very time we were visited by a lacraia, a poisonous centipede with those exposed queliceras, hundred legs and threatening looking. Not friendly.
The only solution for a Dionysian drunkenness is a Morpheus sleeping. Praised Baco and fell in a net. I slept until 5 a. m. and then I heard one of the fellows calling a certain Huuuuugo though I never knew who he was, he must be deaf because even being called a lot he never answered. After we gave him some medicines this great fisher reacted and survived swearing he would never drink alcohol ever again in his life. He kept the promise until 11:15 p m when he started it all over.

We still fished a bit more. Brown water, few fishes but again a show of mine. Much efficiency. Saturday, Sunday and Monday just flew away. Time to go home.
Before going a festival of nicknames: Chaves, Elmer Fudd, Toothless, Parrot-feet, Kicking-mule, Pinocchio, Ears and Drunkman were the nicknames that we dedicated to our neighbors and sailors.

Because of Neres, we had to come back on Tuesday morning. We left Aragarças at 6 a m and arrived at Jerivá at 10 thirty for a heavy coffee and got to Brasília and to Guará at 1 p m tired bodies and easy minds. New friendships were built following the refreshment process. Old friendships were met again and re-checked for tightening laces. A lot of alcohol were used to make the car go and to turn away the swine flue. We were already planning to return when we were coming.

Tuesday, November 10, 2009

Araguaia - Aragarças - Pontal - Barra do Garças - Ouro Fino

     Sexta-feira, chegando de Araguari, preparando a tralha, expectativa no ar ansiando por água. Muita água do Araguaia e Garças. Mas antes muito asfalto. Para ser mais exato 603 km ainda nos separavam do sonho líquido. Garantindo o grande estilo, partimos às 15:00 h no Toyota automático, hidramático, primeiro mundo do Alcides. Não antes de o Neres aumentar nossa angústia com hora e meia de atraso. Ótimo. Deu-nos mais munição para chateá-lo. E que viagem agradável. Pilotei a máquina até Iporá. A perna esquerda sempre procurando a inexistente embreagem. Até que saindo de Goiânia, ela conseguiu levar o pé a pisar abruptamente no freio e um senhor idoso quase nos aborda com sua proa em nossa popa. Muito educado ele, limitou-se a nos saudar com dedo médio em riste como se desejando boa pescaria com as varas. Lei seca! Fomos secos! Após 5 horas estávamos em Iporá GO. Recebemos autorização para beber umas cervejinhas, somente eu e o Alcides, pois o barbeiro do Neres seria o motorista até Aragarças.                                               Duas horas depois, já nas barrancas da ecológica divisa entre Goiás e Mato Grosso degustamos nosso primeiro cachara frito, logo identificado como abotoado e dissimulado com o epíteto de armal.  Algumas cervejas, muito cansaço, pouco espaço, perfume de tênis suado, roncos, sonhos e muita chuva. Café da manhã, compras no supermercado, travessia para o Mato Grosso: Aragarças, Pontal, Barra do Garças e Ouro Fino.
 Finalmente o pesqueiro.              Primeiro acesso para reconhecimento. Já fiz o primeiro bonito do dia: pesquei o primeiro jurupecém. Sou bom mesmo! Depois pegamos vários até que chegasse o cardume de candirus. Primo crescido daquele candiru invasor de interiores humanos lá da Amazônia. Pegamos uns 100 deles. Alguns de 600 gr. Muita cerveja, muito whisky, muita cachaça e 4 garrafas de vinho tinto seco de ótima procedência. Já de posse das douradas, jurupecéns, mandis e outros, passamos à gastronomia.   Elaborei uma obra de arte em forma de arroz colorido com açafrão, temperado com alho e cebola. Neres fritou peixe, Tião, pau d’água, fez um molho de pacus e Alcides providenciou o molho para a dourada assada. Mais cerveja e vinho. O Sr. José nos fez uma visita e batemos um longo papo.     Armamos a barraca do Alcides dentro do Pavilhão do Neres e montamos as redes.                              Nessa hora fomos visitados por uma respeitável lacraia com aquelas quelíceras expostas, centenas de pernas e aspecto ameaçador. Nada amistosa.


      Única solução para um pileque dionisíaco é um sono de Morfeu. Louvei Baco e caí na rede. Dormi até as 05:00 h e ouvi um dos companheiros chamando um tal de Huuuuugo que eu nem sabia quem era mas que devia ser surdo pois o companheiro o chamava sem parar e ele não atendia.
Depois de medicado esse valoroso pescador conseguiu reagir e sobreviver, jurando que nunca mais beberia nada de álcool na vida, promessa que durou até 11:15 h quando tudo começou de novo.
       Pescamos mais. Água turva, poucos peixes mas, novamente, dei um show de competência.     Voaram o sábado, o domingo e a segunda. Hora de ir embora.  Antes aconteceu o festival de apelidos: Chaves, Holtelino Tloca Letra, Boca Murcha, Pé-de-Mulata, Mula Coiceira, Pinóquio, Zorêia e Pau d’água, foram as alcunhas que dedicamos aos nosso vizinhos e pirangueiros.

      Por causa do Neres, voltamos na terça-feira de manhã. Saímos de Araguarças às 06:00 h e chegamos no Jerivá às 10:30 h para um café reforçado e em Brasília, no Guará, às 13:00 h com corpos cansados e mentes renovadas.   Novos amizades foram construídas, dando sequência ao processo de renovação. As velhas amizades foram revistas e  chanceladas, garantindo sua perpetuação. Muito álcool foi utilizado no tanque do carro e para espantar a gripe suína. Na volta já planejávamos outra ída.

Monday, October 19, 2009

Salinha de Artes

     Nos dias em que setembro trouxe a primavera para Quissamã, iniciamos uma Exposiçãozinha de Arte de nossa pequenina Sala de Arte do Sobradinho em Quissamã RJ, acanhada e básica, mas corajosa.

     Mesmo tendo pouco a mostrar, esse pouco expressava os esforços do Professor Kennedy em ensinar e a dedicação de alguns alunos em aprender as técnicas de Aerografia, Pintura em Tela e em Escultura de Gesso, Desenho em papel com carvão e lápis. Apresentei três desenhos em preto e branco a lápis e carvão que produzi na última semana que morei em Quissamã.    Havia pinturas em pano, pequenas toalhas que as senhoras da Terceira idade produziram e essa linda coleção estava sobre uma mesa para a visitação pública.
     Vou sentir falta daquela turma. Bom professor, bons colegas, bom café expresso da Dona Andréia e Dona Vera.    Rubens, o mais dedicado de todos os alunos, levou as pinturas dele. Eu podia ver em seus olhos o quanto ele estava orgulhoso de apresentar seu trabalho.

     As obras ficaram expostas por uma semana no salão principal do Sobradinho. Quero expressar meus agradecimentos ao Kennedy e devo admitir que embora tenha passado poucos meses lá, pude ver o trabalho social sério que a Prefeitura de Quissamã está fazendo com a comunidade, usando o Sobradinho como base para congregar jovens, meninos e meninas, mantendo-os fora da marginalidade através de aulas de música, pintura, lazer e noções de dança e teatro. Por toda a minha vida me lembrarei daquela salinha de aula. Tão simples, tão pequena, mas, cheia de sonhos, conhecimentos e viagens, muitas viagens coloridas, como o Professor Kennedy costumava dizer.
     Um desses dias, apesar dos 1.700 km que separam Brasília de Quissamã, darei asas à minha imaginação e deixarei minha mente voar para lá e visitarei meus amigos no Sobradinho e, quem sabe, desenharei algumas caras felizes com aqueles lápis e tintas, pedirei um expresso e pastel gigante, vou rir muito com eles e é claro, depois da aula e do trabalho duro, limpar a sala, guardar os pincéis e todas as coisas em seus lugares e, já cansado, ir para aquele bar da esquina, rezando para ter sorte que eles ainda tenham um pouco de chopp que sempre acaba e ligar para meus amigos e dizer: já estou aqui esperando vocês, “me ajudem com esse problemão e por favor não demorem.”

Sunday, October 18, 2009

ART SHOW

                                                            Just by the days September brought the Spring to Quissamã, we started a very shy and basic Art Show of the works of our small  Art Class of Sobradinho at Quissamã RJ. 
     Though we had little to show, this little expressed the efforts of Professor Kennedy to teach and the devotion of some students to learn the techniques of Air-painting, Canvas, Plaster Sculpture painting, Coal on Paper and Crayon.    I took three drawings on black and white using coal and black pencil that I produced there during the last week I was at Quissamã. There were also the paintings on cloth, small towels that the ladies of third age produced and these beautiful and useful collections were left on a table for the public to see.
      I will miss those guys. Good teacher, good classmates and the good expresso coffee from Dona Andréa and Dona Vera.  Rubens, the most hardworking of all students took some of his paintings. I could see in his eyes that he was proud to show his works of art.
      The pictures were being shown for a week at the main hall of Sobradinho. I want to express my thanks and gratitude to Kennedy and I have to admit that although I spent a few months there I could see what a respectful and serious social service the Quissamã City Hall, the Prefeitura, is doing for the community using Sobradinho as a base to gather young people, boys and girls and keep them away from surrounding evil by giving them music classes, painting classes, dancing and theather information.       For all my life will have that little classroom in my mind.    So simple, so small but so full of dreams, knowledge and voyages, many colored voyages as Kennedy used to say.
       One of these days, despite of the 1.700 km that separate Brasília from Quissamã, I will spread the wings of my imagination and let my mind fly to there and visit my friends at Sobradinho and who knows, I could draw some happy faces with those nice pencils and inks, have a hot coffee and a giant cheese pie. Laugh a lot with them and of course, after all the studies and very hard work, clean all the room, place the brushes and stuff back to their places and very tired go to that bar at the corner praying to be lucky and find that they have not yet ran out of chopp which they are always in lack of, call up my friends and say: I'm already here waiting for you "to help me with this heavy load, please don't you be very long."
                                                                                                                     

Wednesday, October 14, 2009


Visiting a Cachaça factory



It was all of a sudden and there we went. After almost two thousand km driving from Quissamã and having arrived at Araguari before 8 o’clock pm, next morning we decide to visit the plant at Fazenda Bucaina near Amanhece (Dawning). It is the old Mr. Jeová Alamy farm. They produce the “Montanhesa”, a very special cachaça that they export to Europe. We could taste a bit, well, not really a bit but a lot of it, bit by bit. Then we saw the laboratory and other devices used to turn the sugar cane into “garapa” (cane juice) and all the stuff to make it become Cachaça. Then I went to see in old house that was rebuilt using the same material and shape as I had known it 50 years ago. Good news: they photographed an “onça” it is a kind of Puma and it was pictured eating a sheep it had captured. We also saw some rattlesnake’s leathers resting on a wall. The wild is still there. Just then we went to Amanhece, a very small count of Araguari and drank around 30 bottles of beer, ate a lot of “torresmo” (Pig skin with bacon fried in small pieces), fish, cow meat and manioc. We had to wake up at 4 a.m. to go to Brasília. I reacted promptly expecting that hangover as usual. Fortunately no hangover at all. Got up on time. Guilherme said he would always regret he had so little time for such a big 15.000 liters barrel of cachaça.






Visitando o Alambique


De repente estávamos lá. Depois de quase dois mil km dirigindo desde Quissamã e tendo chegado a Araguari antes das 20 h, de manhã decidimos visitar a fábrica na fazenda Bucaina perto de Amanhece. É a velha fazenda do Sr. Jeová Alamy. Eles produzem a “Montanhesa”, uma cachaça muito especial que eles exportam para a Europa. Provamos um golinho, bem, na verdade não um golinho, mas um tantão, de gole em gole. Fomos ver o laboratório e os outros dispositivos que transformam a cana em garapa e as máquinas e alambiques que transformam a garapa em cachaça. Fui então ver a velha casa que foi restaurada com o mesmo material e formato de 50 anos atrás como a conheci. Boas novas: conseguiram fotografar uma onça, parecidíssima com um puma, comendo um dos carneiros que ela capturara. Vimos também os couros de cascavel na parede. A vida selvagem ainda está lá. Logo após fomos para Amanhece, um distrito de Araguari e bebemos 30 cervejas, comemos torresmo, peixe, carne de vaca e mandioca. Tínhamos que acordar às 4 da manhã para ir para Brasília. Reagi prontamente esperando aquela ressaca costumeira. Felizmente acordei sem ressaca. Levantamos a tempo. Guilherme disse que seu único arrependimento era ter tão pouco tempo para tão grande barril de 15.000 litros de cachaça.

Wednesday, October 7, 2009



    Matrinxã fisgada em Luziânia GO pelo Grande Pescador
     Sou discípulo do Padre Félix Obrzut e do Soberano Grande Inspetor-Geral Joaquim Chaves nos quesitos pescaria e proposta de vida. Joaquim me ensinou a amarrar o primeiro anzol e a fisgar meu primeiro lambari.
     Padre Félix me ensinou a aperfeiçoar toda a possível potencialidade, aptidões e habilidade disponíveis em relação à pesca transcendendo-as para a vida. Por vinte anos aperfeiçoei a profissão aprendida com meu pai Joaquim através dos ensinamentos específicos e eficazes do Padre Félix. Em vários momentos de pesca intensa eu ouvi dizer: “pescar é tão bom e pescador é um ser tão abençoado e confiável que Jesus Cristo escolheu a maioria de seus discípulos dentro dessa profissão.” Isso é credencial! Isso é testemunho da verdade! Os anos que passei em Quissamã foram marcados pela escolha de bons amigos. E invariavelmente, conforme preconizado pelo meu santo Diretor Obrzut, todos esses amigos são pescadores. E como os de Jesus, não somente de peixes, mas de pessoas, de simpatias e amizades consolidadas nas águas e areias de Jurubatiba. Minha intenção era agradecer um a um pelo convívio nesse tempo. Preferi não fazer isso. Preferi evitar que o sentimento opaco da despedida ofuscasse o brilho das alegrias vividas com aqueles amigos.   

     Então agradeço a todos na pessoa de um pescador:
     -Meu velho e bom amigo e Irmão Guilherme!
     Após ter compartilhado a direção do carro num percurso de 1.700 km, ainda tinha humor para exercer a velha profissão: paramos em Luziânia e garantimos o jantar com matrinxãns, tambaquis e piaus. Ficou por um dia em casa aqui em Brasília e voou de volta ao Rio às 10h15min do dia 07 de outubro de 2009.
     Obrigado a todos meus amigos. Obrigado Quissamã, minha terra! Desejo vê-los novamente. Se não vierem aqui, vou até aí ensinar o caminho a vocês.

Friday, September 25, 2009


"Though it had wings it still looked back"
Those Good Old Friends


     Tento há muitos anos encontrar amigos de infância e adolescência. Consegui localizar alguns ciscando sites de endereços, revolvendo sobrenomes em bancos de dados como um consumidor em fim de feira buscando algum velho tesouro escondido. Às vezes sinto que procuro quem não quer ser encontrado.
     Assim, já com cara de imbecil, esses meus olhos materiais resolveram encarar os do espírito e perguntaram:
- por que essa busca?
     Os do espírito, cheios de pretensa sabedoria, estabilidade e equilíbrio tinham a resposta na ponta da língua com requintes de dramaticidade tendentes à tragédia:
- ora, o quanto foi bom ter descoberto o universo junto com aquelas pessoas merece ser rememorado e compartilhado agora que as inseguranças foram vencidas e que bom seria o reencontro, as velhas brincadeiras inteligentes identificadoras da afinidade que sempre nos permeou.
     Aí esses olhos, de imbecis passaram a sarcásticos, esboçando aquele sorrisozinho encoberto, silencioso e de perfil indicador do reverso do sentimento anímico ingênuo, antiquado e fundado em expectativas que dependem mais das variáveis de terceiros do que de si mesmo e os esses olhos alfinetaram:
- ...e os outros amigos sabem disso e estão sintonizados na mesma freqüência da rádio saudosista que Vossas Inocências? e mais, que obrigação eles têm de estar disponíveis à procura? se quisessem continuar a descoberta do universo usando as lanternas daquela época, eles se fariam conhecer.
     Agora já sem tanta certeza os estrábicos olhos etéreos pasmos de espanto volveram espaços e tempos e acordaram. Não dormiam. Entraram em acordo com os zarolhos olhos físicos. Enxergaram que o tempo passando implica que novas ferramentas trabalham mentes o tempo todo. A partir de quando os amigos se separam, embora ainda se amem e a afinidade conduza para condicionamentos e conclusões ainda congruentes, os interesses são outros, os problemas também.
     Não é culpa de ninguém. É a vida. Somos nós, os humanos. Mutantes com memória. Às vezes é bom. Às vezes dói tentar que a felicidade se repita. Memória!
     Dizem agora, em quase sintonia, os olhos do espírito com os do corpo: admitimos que amamos nossos amigos de infância e adolescência. Graças a Deus que os conhecemos. Fomos muito bons uns para os outros no passado. E sentimos que seremos ainda melhores se formos deixados lá, no passado, prezando as boas lembranças.

Aqueles bons e velhos amigos.


     I have tried for a long time to find my childhood and adolescence friends. I managed to find some by scratching address sites, rummaging names in data basis like a costumer at the end of a fair looking for hidden treasures. Sometimes I feel like looking for who doesn’t want to be found.
     So, feeling like a fool, these material eyes of mine decided to face those of the soul and asked:
-why searching?
     Those eyes of the spirit, full of pretentious wisdom, stability and equilibrium had the answer on tip of the tongue with touches of drama trending to tragedy:
-Now, how good it was to have discovered the universe together with those persons and it deserves to be recalled and shared again now that the insecure feelings have passed and how good it would be meeting again, those intelligent jokes which identified the affinity that always permeated our thoughts.
     Then, these eyes, changing from foolish to sarcastic, drawing that hidden silent smile indicating the reverse of the ingenuous spiritual feeling, old fashioned and bound to expectations that depend more on variables of others than in themselves and these very eyes stabbed:
-…and the other friends, do they know about that and are synthonized with the same frequency of the radio memory as Thy Innocences? and more, are they compelled to be available to this search? and if they wanted to keep discovering the universe using those ancient lanterns they would let themselves be known.
     Now, not more so full of certainty, the squinting ethereal eyes astonished watched space and time and agreed. They were not sleeping. They agreed with the half blind physical eyes. They saw that time passing brings new tools working minds all the time. Since the day friends get apart, albeit they still love each other and affinity leads to conditionings and conclusions that still are congruent, the interests are now others and so are the problems.
     No one is to blame. It’s life. It’s us, the humans, Mutants with memories. Sometimes it’s good. Sometimes it hurts to try to repeat happiness once more. Memory!
They say now, almost in harmony, the spiritual eyes with the corporeal ones:
-We admit that we love our childhood and adolescence friends. Thanks heaven we knew them. We were very kind to each other in the past. And we think that we will be still better if we are left there, in the past, praising the good memories.

Monday, September 21, 2009


Waiting for the party


            Whenever returning home from a party a question should be brought: what was the best part of it: the party itself or that period of time waiting for it.
            The same logical thought may be applied for the weekends, friendship contacts, visits to restaurants, vacation tours, marriages, or a film or a book release. And most of all: Why is it so?   So my blog is about equilibrium and this is what I’m trying to deal with here.
            Building expectations is generally the planting of the seeds of frustrations. Waiting for it and being there are two functions to be seen as parasympathetic and sympathetic nervous system harmonious balance facts. One force is pulling and the other is pushing. That makes the balance. If by any reason one of them is strengthened, it will unbalance the situation and the opposite of the expected will take place.
            If you are the one that gives the party, instead of pleasure you experience terror fearing what guests will say if anything goes wrong and if you are a guest you will surely say something was missing and over look what was available.
            And I feel so good when I’m not invited to any party that’s rolling on. But it was not always so. As says Ariano Suassuna, “I was too shy to impose my will on others” but now my white hairs allows me like a passport, may be because of my condition of retired bank manager or maybe my ancient presence and old fashioned opinions are not necessary any more, I really feel so free to say I hate parties and I don’t want to go to any. Of course I still have to fulfill my prior engagements, keep my commitments and agreements going on…
            But that is already an achievement of balance! To be able to choose as you please.  It took time. It was not easy. But it’s true. I don’t have to care what anyone will think about me. I just will not do what I don’t want if I have the choice!  My will - what I do. It is surely equilibrium.



                                                Persistence of Life

            I took this photo from a fence at a road that leads to Praia de João Francisco leaving from Quissamã RJ (Brasil). The wooden posts that were driven in the ground were taken from trees near Parque Nacional de Jurubatiba (National Park of Many Thorny Trees in Tupy). The posts are made out of the branches of the trees and the one in the photo refused to die and be a dry piece of wood. It kept on living and the brackens springing out gave it an air of strength like Cristovam Buarques’ words about Amazon.  It grew and lived by itself. Full of effectiveness and credence.  Strong enough to stop a debate!
            But it still is a barbed wire fence and as the post, now a tree, keeps growing it will, like the words, tighten the wire and possibly endanger the integrity of the fence by pulling the other posts up.     Then two things may happen: they may loosen the  wire by releasing the nails from the trunk OR cut off that post which is bringing troubles, imagine if other posts take the example and start to live. What would be of the fences?
            I’m looking for balance here. Values. Fences or Trees? Words that call the rights like a clarion calls soldiers. I believe in life. And I am sure life will find ways to react and still be present on earth as it has done the last billion years despite of all agression.  We need to find the balance between nature values and development.
            We need to have in mind that environment shouldn't be more important than men. But we can't live without it. On the other hand it is not right to arest a person for killing an armadillo but leaving one that primarily killed another person free while waiting for trial. May an animal worth more than a man? 
 I am cheering for that fence tree.


INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.  Um jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr. Cristovam Buarque:
“De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.  Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.  Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais.  Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.  Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar que esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada.   Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA.    Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que e as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só “nossa” “

Sunday, September 6, 2009

Intentions and Perceptions

     Necessarily I have to ask whether anybody's perceptions will ever meet my intentions. Here I go again in lack of balance.
     So, sharing my astigmatismized point of view with all beings whose intentions are good and who are often misunderstood, I have to ask: what about perceptions?
     Don't we, victims, sometimes get our fellows’ intentions wrong as well? Certainly! We should play the reverse game to understand how it feels to have one's face burning due to a tough reply received from someone you love or even a stranger who mixed up things.
     I think the point is: "If you don't want to run the risk of having your good intentions cruelly butchered by   someone's perception, stay in bed and shut up your face."
     If you assume the responsibility for talking to people, playing jokes with friends, discussing candidates' debates, saying your thoughts about religion, showing your point of view about homosexual rights, feminism, alcoholism or any other isms and conflicting themes, be sensible! Be sure you'll be walking that path which was described by Saint Bernard of Clair Vaux (1091-1153), as "The road to Hell is paved with good intentions".  
     I'm still stubbornly trying  to find the balance between these two historical antagonistic Latin terms as they come dangerouly to life.  Anyway, I hope my perceptions will kindly welcome my intentions!

Wednesday, September 2, 2009

Equilibrium

     The achievment of harmony in adjusting the many parts of my processes, emotions, thoughts and results in a perfect balance has always been one of the heaviest tasks in all my days. I should have registered it whenever it happened, so I would be able to analyse each time I hit happiness. It comes and goes so fast and it's impossible for men's eyes to see what makes it spring out. That's why Siddartha Gautama said we shouldn't search for happiness in the earthly things. They change in time and these changes vary the conditions of balance between the shifting and opposing forces which is a characteristic of matter. When we put our hopes and faith on idols or things, even on the external beauty of a person, we run the risk of frustation and grief and will be trying for the rest of our lives to return to that point of fake joy that doesn't exist since it changed. Lost its balance. And as all nature's work is always changing, for Siddartha, it is impossible to find real happiness on this earth. But for me, while I'm alive, it is my duty to do my best to get the nearst I can of the balance that leads to the plenitude of a human being. I know it is impossible in just one round. And I am counting the rounds eighty years long as says the expectations of life in this century. It is hard to change, to set the chisel of intelligence on my imperfections and hit it with the hammer of my will, though this is the only way to turn the tough stone into smooth and usefull for building.