Monday, August 19, 2013


Reza a Lenda que nos anos 1968 havia uma turma de jogadores de truco e a reunião era aos sábados à noite, lá na Olegário Maciel, para trucar e de madrugada, saborear uma galinhada caipira com uma cachacinha e cervejas.   Para isso tínhamos um acordo de que a cada sábado um do grupo trouxesse a galinha.   Uma colega minha de sala disse que o pai dela tinha muitas galinhas e que elas dormiam perto do muro no qual havia um buraco e que elas ficavam ao alcance da mão. A irmã dela estava perto e confirmou. Como era a minha vez de fornecer a penosa, combinei com o Laerte de irmos no carro dele. Naquela noite tinha mais truqueiros do que de costume e resolvemos levar 2 galinhas. Acontece que a minha colega e a irmã tinham discutido e a irmã contou ao pai sobre as galinhas.  O velho bigodudo de cara muito ruim ficou de tocaia perto do buraco, com um porrete. Chegamos lá, rua Dr. Alberto Moreira, às duas da manhã, a casa era em frente ao armazém Estrela, hoje armazém Feliz e lá estava o buraco.  Tudo silencioso. Ajoelhei no chão, o Laerte estava do lado, introduzi o braço até o ombro, de repente,  tomei uma cacetada na mão que tremeu o braço todo. Puxei logo o braço para trás, cobri a mão com casaco e disse ao Laerte, “a minha já peguei, rápido pega a sua, pra gente ir embora.” Ele ficou uma semana sem falar comigo.

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